sábado, 14 de fevereiro de 2009

Pena que é assim

Anteontem estava saindo de um shopping da minha cidade e quando o carro parou no sinal, comecei a observar a calçada ao meu lado. Havia lojas chiques, banco, camelôs, mas o que mais se destacou foram as pessoas. Uma menina estava com uma camisa do palmeiras, embaixo de um telhado (estava garoando) esperando por alguém, outras pessoas com aparência classe média baixa e alta passando, eram dezoito horas, horário de pico... Eu reparei em uma mulher porque ela estava ajeitada, arrumada, mas com umas gorduras de fora. Ao passar do lado do carro em que eu estava ela fez o sinal da cruz, e seguiu em frente, insegura, agarrada a bolsa, a caminho da avenida principal. Em que ponto chegamos, pessoas convivendo com pessoas, todos são seres iguais, mas uma com medo das outras, como Peixe e Tubarão. Porque não pode ser que nem antigamente, não faz nem muito tempo, aonde se podia brincar, sair sem precisar se preocupar com nada e com ninguém. Quando poderemos fazer isso de novo, quando nossos filhos (no meu caso futuro filhos) poderão fazer isso, eu, por exemplo, fui criada sempre pro lado de dentro do portão de casa, pois era só colocar um pé pra fora e você já corria perigo, fui assaltada em casa, na frente da minha casa, e todas às vezes por pessoas em que poderiam ser outras na vida, com uma vida simples mais feliz, mas foram puxados pro rumo das drogas, violência e crime. Será que um dia isso vai mudar...

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